As recomendações estão escritas no modelo a seguir:
Conteúdo;
Livro/tema/assunto específico;
Referência ABNT;
Onde está disponível.
Recomendações:
- Devemos estudar História da África pois:
Para ler a lei que instituiu a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira” visite esse site.
BRASIL. Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática ‘História e Cultura Afro-Brasileira’, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 10 jan. 2003. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.639.htm. Acesso em: nov. 2019.
- Devemos estudar História da África pois:
Para ler a lei que instituiu a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena” visite esse site.
BRASIL. Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Diário Oficial da União, Brasília, 10 mar. 2008. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm. Acesso em: nov. 2019.
- Devemos estudar História da África pois:
Artigo de Juarez Dayrell, importante professor de Educação da UFMG, que traz discussões sobre a juventude, positivando, por exemplo, os alunos como sujeitos de diferentes culturas. E, por isso, apresenta a abordagem de ver a escola como um espaço sócio-cultural.
DAYRELL, Juarez. A escola como espaço sócio-cultural. In: DAYRELL, Juarez (org.). Múltiplos olhares sobre educação e cultura. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1996, p. 136-123.
- Devemos estudar História da África pois:
Dissertação sobre como o Ensino de História da África é abordado no Currículo de História do Estado de São Paulo. André Luigi problematiza temáticas importantes, como, por exemplo: a questão da educação enquanto política cultural; o currículo como uma arena de disputas ideológicas e políticas; as relações entre currículo de História, memória social e construção de identidades. Além disso, também realiza uma Análise de Conteúdo Descritiva das Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações Étnico-Raciais e o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e do Plano Nacional que organizou sua implementação no Estado de São Paulo. Por se tratar de uma dissertação, é grande, porém, é bem dividida, e o índice pode ajudar.
LUIGI, André Santos. O ensino de História da África: interfaces entre a legislação federal e o currículo de História do estado de São Paulo. 2015. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Federal de São Carlos, Sorocaba, 2015.
- Devemos estudar História da África pois:
Hebe Mattos traz discussões neste artigo sobre os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), e o tema da “pluralidade cultural”. Além de trazer uma análise do livro didático História Temática, a autora escreve sobre identidades negras, racismo e memória.
MATTOS, Hebe. O ensino de história e a luta contra a discriminação racial no Brasil. In: ABREU, Martha; SOIHET, Raquel (org.). Ensino de história. Rio de Janeiro: Casa da Palavra: Faperj, 2003.
- Devemos estudar História da África pois:
Para entender sobre a criação das Diretrizes, seus objetivos, leia este artigo de Hebe Mattos e Martha Abreu. As autoras também discutem sobre os conceitos de cultura afro-brasileira e identidade negra.
ABREU, Martha; MATTOS, Hebe. Em torno das "Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africanas" Uma conversa com historiadores. Revista Estudos Históricos, v. 21, n. 41, p. 5-20, 2008.
- Devemos estudar História da África pois:
Este livro traz necessárias discussões acerca do currículo, desde os termos currículos ocultos, até a dominação dos mais fortes nos currículos. Pode ajudar a pensar a construção de um currículo de História inclusivo, que não revigora desigualdades.
MOREIRA, Antônio Flávio; CANDAU, Vera Maria. Indagações sobre Currículo: currículo, conhecimento e cultura. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007.
- Inventaram a África
No sentido de refletir sobre diferentes formas de ideologia e prática que derivam da concepção de “raça”, incluindo suas apropriações por sujeitos africanos e diaspóricos, ver Kwame Appiah, Na casa do meu pai.
APPIAH, Kwame Anthony. Na Casa de meu pai: A África na filosofia da cultura. Rio de Janeiro, Contraponto, 1997.
- Inventaram a África
Para uma análise do primitivo processo de elaboração das distinções, levantando pontos e reflexões quanto à gênese da percepção europeia sobre a África e sujeitos africanos, durante a primeira modernidade, ver Valentim-Yves Mudimbe, “Invenção da África”.
MUDIMBE, V. Y. A invenção da África. Concinnitas, v1, n. 16, p. 73-81, jun. 2010.
- Inventaram a África
Para uma perspectiva alternativa ao racialismo para a construção de uma identidade “africana”, tendo por objeto de estudo de sociabilidades e identidades na vivência da escravidão no sudeste brasileiro, entre os séculos XVIII e XIX, ver Robert Slenes, Malungo, Ngoma vem!.
SLENES, Robert. “Malungu, ngoma vem!" África coberta e descoberta no Brasil. Revista USP, n. 12, p. 48-67, 1991-92.
- A tradição oral preenchendo lacunas
Para obter um panorama histórico da historiografia africana, seus empecilhos, datas importantes, nomes e movimentos; além de compreender o pan-africanismo, a negritude e críticas existentes a esses movimentos, leia este capítulo de P. D. Curtin, presente no livro História Geral da África I.
CURTIN, P. D. Tendências recentes das pesquisas históricas africanas e contribuição à história geral. In: KI-ZERBO, J (ed.). História Geral da África I: Metodologia e pré -história da África. São Paulo, Paris: Ática, UNESCO, 1980, p. 73-89.
- A tradição oral preenchendo lacunas
Para compreender mais sobre a importância da África para as ciências humanas, leia o artigo de Robert W. Slenes. Ele fala sobre como os estudos africanistas influenciaram grandes mudanças nas ciências humanas, e na História. O historiador, ainda, trata da necessidade de um deslocamento dos estudos afro-brasileiros, a partir das “margens” da sociedade brasileira.
SLENES, Robert. A importância da África para as ciências humanas. História Social, v. 14, n. 19, p. 19-32, 2010.
- Njinga! Reinos e Impérios africanos
O livro Njinga, Rainha de Angola se aprofunda na discussão presente na plataforma sobre o reino do Ndongo, e sua célebre autoridade Rainha Njinga. Aconselhamos que o professor leia o prefácio – escrito por Linda Heywood, especialista nos estudos sobre essa personagem, e John Thornton, famoso historiador africanista. Já que os autores fazem uma síntese dos relatos do capuchinho Antonio Cavazzi de Montecuccolo e uma análise crítica da escrita do religioso. Além disso, há gravuras e mapas que podem ser utilizados em sala de aula.
Infelizmente, não temos o material disponível em nosso site, contudo na aba de Downloads há uma apresentação em slides do livro feita por alunos da graduação em história da Universidade Estadual de Campinas.
CAVAZZI, Antonio Montecuccolo. Njinga, Rainha de Angola. A Relação de Antonio Cavazzi de Montecuccolo (1687). Lisboa: Escolar Editora, 2013.
- O mapa traçado e recortado
O fantasma do Rei Leopoldo é uma obra que descreve, com grandes detalhes, a presença sombria dos belgas no Congo. O autor Adam Hochschild, formado em história e literatura e atuante como jornalista, utiliza de fontes históricas e do livro Coração das Trevas para produzir o livro. O recomendamos, caso, você, professor, esteja interessado em se aprofundar nos estudos sobre a colonização europeia no Congo. Além disso, é uma obra muito interessante para tratar de ética, genocídio e direitos humanos em sala de aula.
HOCHSCHILD, Adam. O fantasma do Rei Leopoldo: Uma história de cobiça e terror na África colonial. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.
- Cinema
Rico blog sobre o cinema africano. Nele, é possível encontrar informações de vários cineastas, e produções africanas. O blog disponibiliza muitos filmes online, de modo que baixando o torrent e a legenda, você consegue assistir. Ainda, disponibilizam textos, entrevistas, resenhas e críticas.
Disponível em: http://cine-africa.blogspot.com/. Acesso em: out. 2020.
- Cinema
Livro do historiador Marcos Napolitano que ajuda docentes a utilizarem o cinema na sala de aula, explorando seu caráter pedagógico, com foco na disciplina de História no ensino básico. Recomendamos que seja usado como um material paradidático do professor de forma a permitir um melhor uso dos filmes sugeridos na aba "Cinema" nas aulas de História da África.
NAPOLITANO, Marcos. Como usar o cinema em sala de aula. 4. ed. São Paulo: Contexto, 2009.
- Música
Exposição Moçambique: independência e nação no acervo do AEL. Nesse site você pode encontrar planos de aula, fontes, documentos, resumos sobre o processo de independência de Moçambique, assim como uma perspectiva geral das independências das ex-colônias de Portugal.
Disponível em: https://www.expo.ifch.unicamp.br/portal/mocambique. Acesso em: nov. 2019.
- Música
Playlist do Spotify História da África no AEL com 121 músicas de Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Cabo-Verde, Angola e Brasil. Com diversas temáticas, retratam principalmente o período de colonização por Portugal, e contextos pós-coloniais.
Disponível em: https://open.spotify.com/playlist/3RfhIsmLeFCLKLc5Be4qrs?si=4zwHU0bjTRyndBjKoNhOpA. Acesso em: nov. 2019.
- África e Brasil
O livro Conhecendo a Exposição Kumbukumbu do Museu Nacional (Rio de Janeiro: Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2016), das autoras Mariza de Carvalho Soares, Michele de Barcelos Agostinho e Rachel Correa Lima, não foi utilizado por nós para compor o site, mas acreditamos que seja um livro muito útil para se abordar o tema do Neocolonialismo.
O livro é baseado em uma antiga exposição do Museu Nacional – destruído por um incêndio em 2018 – chamada pelo mesmo nome, Kumbukumbu. Alguns dos aspectos que mais nos chamaram atenção foi:
- A quantidade de fotografias, as quais podem ser usadas em sala para questionar a visão que temos da África como um continente “parado no tempo”.
- O capítulo A Guerra Colonial (p. 33), que conversa diretamente com o tema da nossa plataforma virtual.
- E os capítulos A Diplomacia da Amizade (p. 53), e Africanos no Brasil (p. 59), os quais fazem interessantes relações entre a África e o Brasil.
Disponibilizamos na aba Downloads o livro em PDF.
SOARES, Mariza de Carvalho; AGOSTINHO, Michele de Barcelos; LIMA, Rachel Correa. Conhecendo a exposição Kumbukumbu do Museu Nacional. Rio de Janeiro: Museu Nacional, 2016.
- Todos os assuntos do site
A coleção História Geral da África, organizada e compilada pela UNESCO, em 2010, fora extremamente usada por nós. No entanto, recomendamos que o professor utilize mais como uma enciclopédia para consulta, principalmente, porque para ler todos os volumes é necessário tempo e pré-conhecimento de outros aspectos da história global que conversam com a história da África.
A coleção completa está disponível no site da UNESCO.
KI-ZERBO, Joseph (ed.). História Geral da África I: Metodologia e pré-história da África. 2.ed. Brasília: Unesco, 2010. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000318.pdf. Acesso em: fev. 2021.
MOKHTAR, Gamal (ed.). História Geral da África II: A África Antiga. 2.ed. Brasília: Unesco, 2010. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000319.pdf. Acesso em: fev. 2021.
FASI, Mohammed El (ed.). História Geral da África III: África do século VII ao século XI. 2.ed. Brasília: Unesco, 2010. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000320.pdf. Acesso em: fev. 2021.
NIANE, Djibril Tamsir (ed.). História Geral da África IV: África do século XII ao século XVI. 2.ed. Brasília: Unesco, 2010. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000321.pdf. Acesso em: fev. 2021.
OGOT, Bethwell Allan (ed.). História Geral da África V: África do século XVI ao século XVIII. 2.ed. Brasília: Unesco, 2010. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000322.pdf. Acesso em: fev. 2021.
AJAYI, J. F. Ade (ed.). História Geral da África VI: África do século XIX à década de 1880. 2.ed. Brasília: Unesco, 2010. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000323.pdf. Acesso em: fev. 2021.
BOAHEN, Albert Adu (ed.). História Geral da África VII: A África sob dominação colonial: 1880-1935. 2.ed. Brasília: Unesco, 2010. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000324.pdf. Acesso em: fev. 2021.
MAZRUI, Ali A.; WONDJI, Christophe (ed.). História Geral da África VIII: A África desde 1935. 2.ed. Brasília: Unesco, 2010. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000325.pdf. Acesso em: fev. 2021.