Durante o período colonial, após o assassinato de Eduardo Mondlane, líder da FRELIMO, em 1969, o movimento passou a ser dirigido por Samora Machel. Com a independência de Moçambique, Samora Machel assumiu a presidência do país, ficando no cargo até sua morte, em 1986. Conhecido por seus poderosos discursos, suas ideias tiveram um papel central no processo de construção da nação moçambicana. Elevado à categoria de herói nacional no pós-independência, sua imagem embaralhou-se com a da nação. O período em que esteve como presidente é conhecido popularmente como o "Tempo Samora".
Em outubro de 1986, o avião que levava Samora Machel, ministros moçambicanos e alguns de seus colaboradores, caiu sem deixar sobreviventes. Sua morte marcou o final de um período iniciado com a formação da FRELIMO, em 1962, a guerra armada contra o colonialismo português, a partir de 1964, a independência, em 1975, e a adoção do marxismo-leninismo como ideologia oficial de Estado, em 1977.