Um duplo exercício de antropologia visual (fotografias)
 

Funeral Vovô Viktor (Bélgica, 1957)

 

Que a antropologia clássica levante, até hoje, reservas à criação de uma antropologia visual, que relute em entender que uma dissertação ou uma tese em antropologia social possa vir a enriquecer fortemente seus sagrados escritos, por meio de vídeos, fotografias e outros suportes sonoros e visuais, eis fatos que não têm nada de bem novo, mas que, provavelmente, persistirão algumas décadas ainda. Margaret Mead já denunciava, cinquenta anos atrás, este “esmagador parti-pris verbal da antropologia” e a fixação devota, para não dizer fetichista, que reservava às virtudes da escrita.

A seguir, no entanto, um duplo exercício de antropologia visual.

Duas cerimônias de despedida: o enterro de um avô, na Bélgica em 1957 e o de uma jovem índia Ka´apor da aldeia de Gurupiúna-Maranhão, em 1981. Dois conjuntos de fotografias que levantam muitas questões sobre a natureza, a originalidade e a necessária complementaridade, existentes entre o verbal e o visual.

 

           

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Funeral de Irãkiirã Ka´apor (Gurupiúna, 1980)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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