As expedições junto aos índios Kamayurá e Ka´apor (fotografias)

Tendo pedido à Igreja Católica a dispensa do meu celibato para poder me casar com Godelieve [“Amada de Deus”, na língua flamenga], fui expulso da PUC, doravante proibido de lecionar teologia e exegese. Profissionalmente falando, significava voltar à estaca zero. Na medida em que buscava minhas profundas raízes humanas neste Brasil que me fazia renascer, não demorei a descobrir novos caminhos. Foram, de um lado, minha entrada no Museu Nacional do Rio de Janeiro para lá realizar um mestrado em Antropologia Social e, do outro, minha imersão, parcialmente com Godelieve Baeck (1932-2009), em duas sociedades indígenas brasileiras de língua tupi, os Kamayurá do Alto Xingu (Mato Grosso) e os Ka´apor das cabeceiras do Rio Gurupy (Maranhão). Depois de trabalhar e de curtir durante 12 anos os mitos bíblicos, descobri os mitos indígenas, esses “Vozes vindo de muito longe e que se deve ouvir”.

 
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Kamayurá - Duas Expedições (em 1977)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   

 

 
 

 

 

   
         
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 Ka´apor - Duas Expedições (1980-81)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Ka´apor - O retorno (2016), 35 anos depois

 

Pude reencontrar os índios Ka’apor com minha companheira Françoise Biernaux, 35 anos depois, graças à cumplicidade de um grande amigo de Belém, Alessandro Ricardo Campos. Os índios Ka’apor, entretanto, tiveram que abandonar a aldeia de Gurupiúna por causa das incursões dos madeireiros. Eles haviam se instalado, a 35 quilômetros de distância, na nova aldeia de Axinguirendá. Foi lá que reencontrávamos praticamente todas as famílias, matando nossas saudades mútuas e oferecendo-lhes todas as fotos tiradas entre eles, 35 anos antes.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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