A luta da população trans pela inserção social desdobra-se em uma série de pautas, dentre elas o que ficou conhecido como Nome Social, em que a pessoa possui o direito alterar seu registro civil para adequação de gênero e nome de acordo com a identidade autopercebida. Além da alteração do registro civil, regulamentada em 2018, a população trans tem o direito à redesignação sexual regulamentado pelo
Conselho Federal de Medicina em 1997, e pelo SUS em 2008.

A discussão sobre saúde, desde a explosão do HIV no mundo, é um tema muito presente na comunidade trans, comumente marginalizadas e lançadas à prostuição. As campanhas de prevenção à DSTs se tornaram uma ferramenta importante de mobilização e organização desta população, que passou a cobrar uma atenção plena à sua saúde e ao tratamento digno por parte da equipe médica.

Recentemente aprovada pelo STF, a criminalização da discriminação contra a população LGBTI+ e sua equiparação criminal ao racismo é uma reinvidicação antiga do movimento. A Súmula Vinculante 33/2019 se tornou um marco histórico no direito latinoamericano, por ter se originado de uma ação contra o Congresso, qualificado como omisso frente à garantia constitucional de cidadania plena.
